Os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo para tentar dispersar as cerca de mil pessoas que, levadas pelo desespero, foram ao supermercado em busca de água e alimentos.
Em Concepción, o comércio não funciona desde o terremoto de sábado, e a população começa a sentir os efeitos do desabastecimento de água. As autoridades pediram o apoio das forças armadas para controlar a situação.
"Necessidade"
"É para meus filhos, não temos nada, é a pura necessidade", disse uma mãe, que corria com duas caixas de leite entre os braços.
"É para meus filhos, não temos nada, é a pura necessidade", disse uma mãe, que corria com duas caixas de leite entre os braços.
"Não temos comida, não temos água, não temos nada. E Piñera (presidente eleito) vem, passeia de helicóptero e não faz nada", assinalou ao canal de notícias chileno "TVN" outra chilena.
"Temos que comer", disse uma mulher à televisão estatal, enquanto observava outras pessoas fugindo com caixas de leite e outras mercadorias na mão, como eletrodomésticos e televisores de plasma.
"Não temos alimentos. Precisamos de leite para nossas crianças", indicou um homem, em meio aos jatos d'água lançado pela polícia.
A confusão começou perante as queixas de que não houve uma divisão adequada de alimentos. Alguns aproveitaram a situação de caos para roubar artigos eletrônicos como geladeiras e televisões.
O supermercado saqueado, de uma cadeia controlada pela americana Wal-Mart, está perto de um prédio de 14 andares que desabou. Acredita-se que 60 pessoas estejam presas entre os escombros.
O supermercado saqueado, de uma cadeia controlada pela americana Wal-Mart, está perto de um prédio de 14 andares que desabou. Acredita-se que 60 pessoas estejam presas entre os escombros.
"Se não conseguirmos resolver hoje (domingo) o problema da comida, teremos uma situação muito complicada", declarou Jacqueline Van Rysselberghe, prefeita de Concepción.
*Com informações das agências EFE e AFP
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