domingo, 28 de fevereiro de 2010

Após tremor, polícia entra em confronto com saqueadores no Chile 28/02 - 10:30 , atualizada às 11:13 28/02 - iG São Paulo

A polícia chilena entrou em confronto, neste domingo, com várias famílias que saqueavam um supermercado na cidade de Concepción, uma das mais atingidas pelo poderoso terremoto de sábado. Pelo menos 300 pessoas morreram e cerca de dois milhões foram afetadas no tremor.



Os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo para tentar dispersar as cerca de mil pessoas que, levadas pelo desespero, foram ao supermercado em busca de água e alimentos.
Em Concepción, o comércio não funciona desde o terremoto de sábado, e a população começa a sentir os efeitos do desabastecimento de água. As autoridades pediram o apoio das forças armadas para controlar a situação.
"Necessidade"

"É para meus filhos, não temos nada, é a pura necessidade", disse uma mãe, que corria com duas caixas de leite entre os braços.
"Não temos comida, não temos água, não temos nada. E Piñera (presidente eleito) vem, passeia de helicóptero e não faz nada", assinalou ao canal de notícias chileno "TVN" outra chilena.
"Temos que comer", disse uma mulher à televisão estatal, enquanto observava outras pessoas fugindo com caixas de leite e outras mercadorias na mão, como eletrodomésticos e televisores de plasma.
"Não temos alimentos. Precisamos de leite para nossas crianças", indicou um homem, em meio aos jatos d'água lançado pela polícia.
A confusão começou perante as queixas de que não houve uma divisão adequada de alimentos. Alguns aproveitaram a situação de caos para roubar artigos eletrônicos como geladeiras e televisões.

O supermercado saqueado, de uma cadeia controlada pela americana Wal-Mart, está perto de um prédio de 14 andares que desabou. Acredita-se que 60 pessoas estejam presas entre os escombros.
"Se não conseguirmos resolver hoje (domingo) o problema da comida, teremos uma situação muito complicada", declarou Jacqueline Van Rysselberghe, prefeita de Concepción.
*Com informações das agências EFE e AFP


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